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Internet

Na sequência da invasão da Rússia à Ucrânia, começou a surgir um termo que pretende designar uma guerra distinta daquela que se trava no terreno, a guerra digital.

 

Acontece que a primeira investida da nação russa contra os ucranianos iniciou-se com ataques cibernéticos, tendo alguns sites do governo ucraniano ficado inacessíveis.

 

As consequências dos ataques digitais são gravíssimas, podendo ser muito piores do que imaginamos.

 

 

De forma a evitar a destruição total dos seus dados, bem como a dos seus cidadãos, o governo ucraniano começou a investir em 2014 numa série de contramedidas, tais como a possibilidade de back-ups de emergência ou até o bloqueio no acesso de todas as contas.

 

A guerra digital não é feita apenas por hackers, visto que as campanhas de desinformação nas redes sociais, também podem ser consideradas de guerra digital.

 

Outra das formas desta guerra digital, foi a suspensão do Facebook e Twitter na Rússia, medida tomada pelo governo russo, restringindo o acesso à informação, o que limita o livre fluxo de informações em tempos de crise.

 

 

Portugal alvo de ataques informáticos

 

O ano de 2022 não começou da melhor forma para algumas empresas portuguesas. No passado mês de Janeiro, o canal de televisão SIC e o jornal Expresso, ambos do Grupo Impresa, sofreram um atentado à liberdade de imprensa, quando os seus sites foram atacados por um grupo de hackers, conhecido como o Lapsus Group.

 

Já em Fevereiro, a operadora de telecomunicações Vodafone e o laboratório Germano de Sousa, também foram alvo de um ataque informático.

 

A Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica da Polícia Judiciária está a investigar o que aconteceu a estas empresas. Dada a recorrência de ataques informáticos, a Polícia Judiciária apelou às empresas que invistam e recorram à segurança informática para fazer face a uma nova realidade que é a cibercriminalidade associada às modernas tecnologias.

 

 

Portugal na mira dos piratas informáticos

 

De acordo com o Kaspersky, empresa líder de tecnologia no desenvolvimento de software de segurança, Portugal está entre os 30 países com maior número de ataques cibernéticos a nível mundial. As estimativas sobre o impacto do cibercrime a nível mundial indicam que passa os 20 mil milhões de dólares. 

 

O Gabinete de Cibercrime da Procuradoria-Geral da República divulgou que as queixas por cibercrimes duplicaram em 2021, chegando às 1160, mais do dobro do ano anterior. Estas denúncias, recebidas por correio eletrónico, têm aumentado nos últimos anos, mas desde 2019, as queixas, de ano para ano, mais do que duplicaram o número relativamente ao ano anterior.

 

Das denúncias recebidas em 2021, 195 foram encaminhadas para abertura de inquérito e 25 para a Polícia Judiciária.

 

De acordo com o Gabinete do Cibercrime, as burlas em compras online também se expandiram, tornando-se num dos fenómenos de cibercriminalidade mais frequente. Foram ainda identificadas burlas com vendas nas redes sociais (designadamente no Facebook e no Instagram). Todas estas situações específicas envolveram valores pouco elevados, raramente ultrapassando as dezenas de euros.

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